quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brasil sem Miséria vai incluir em seus programas 16,2 milhões pessoas em situação de extrema pobreza

Plano lançado pela presidenta Dilma Rousseff alia transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação para localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos

Brasília, 2 – Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, a presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (2), em Brasília, o Plano Brasil Sem Miséria, que agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro.

"O Brasil sem Miséria abre de vez uma grande porta de entrada para o Século 21. Este plano nasce com base na filosofia de que a melhor política é a de desenvolvimento social. Ele é fruto do que já conquistamos nos últimos anos. É um círculo virtuoso, que estamos ampliando e aperfeiçoando. Um modelo de compromisso profundo com os mais pobres", destacou a presidenta Dilma.

O objetivo é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. O Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O Brasil Sem Miséria levará o Estado às pessoas mais vulneráveis onde estiverem. A partir de agora, não é a população mais pobre que terá que correr atrás do Estado, mas o contrário”, afirma ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

O plano engloba ações nos âmbitos nacionais e regionais. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana, o foco da inclusão produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas nestes programas de transferência de renda.

As ações incluirão os seguintes pontos:

  • documentação;
  • energia elétrica;
  • combate ao trabalho infantil;
  • cozinhas comunitárias e bancos de alimentos;
  • saneamento;
  • apoio à população em situação de rua;
  • educação infantil;
  • Saúde da Família;
  • Rede Cegonha;
  • medicamentos para hipertensos e diabéticos;
  • tratamento dentário;
  • exames de vista e óculos;
  • combate ao crack e outras drogas;
  • e assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).

Os números do Brasil sem Miséria

  • Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza
  • Renda familiar de até R$ 70 por pessoa
  • 59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural
  • Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos
  • Capacitar e fortalecer a participação na coletiva seletiva de 60 mil catadores até 2014
  • Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar cem redes de comercialização
  • Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
  • Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores
  • Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos
  • 253 mil famílias receberão sementes e insumos
  • 600 mil famílias terão cisternas para produção
  • 257 mil receberão energia elétrica
  • Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio
  • Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias
  • Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental
  • Bolsa Família incluirá 800 mil
  • Mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa Família

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